Palavra de Julinha da Adelaide Soledad. Pronto final Edna Domenica Merola
"Nessa rua, nessa rua tem um bosque. Que se chama, que se chama Solidão"...
Dentro dele, dentro dele mora um...?
- Não, não mora ninguém, não!"Meu nome é Soledad. Sempre foi! Não ria!
Quero dizer que desde o princípio dos tempos o Pai já me chamava Soledad (peça isolada, depois que foi extraída do corpo íntegro do Macho Primevo).
Quero dizer que desde o princípio dos tempos o Pai já me chamava Soledad (peça isolada, depois que foi extraída do corpo íntegro do Macho Primevo).
Já meu pai mais recente, me dizia, em criança:
– Soledad, na terra de cego quem tem um olho é rei!
Depois vieram as leituras e com elas Millôr Fernandes que corrigia:
– Em terra de cego, quem tem um olho... Ih! Errei!
Os tempos passaram.
Está certo, consegui dar à luz um homem que já nasceu grande feito Macunaíma.
E consegui ainda ser esposa até que a morte do meu único marido nos separou, parcialmente, já que tenho íntegra sua memória.
Mas minha cintura engrossou e, no Brasil dos homens de bem, isso é um luto irreparável!
Ser escritora e ex BBB tudo bem! Mas eu nem assisto ao programa.
Alguém que se dedica à escrita há vinte anos consecutivos, que publica em média a cada dois anos, e que escreve hoje, aqui e agora.
Resumindo: uma cidadã de cintura grossa, que nunca foi nem será chamada de ex BBB.
– Oi! Não está me ouvindo? Minha voz está fraca? Está sem tempo? Vai desligar senão a panela vai queimar? Prefere que eu envie mensagem de texto?
Vou por na rede social... Naquela plataforma face - e- ira... (Deu soluço. Perdão!).
Não copia a minha ideia, tá!
Amanhã eu continuo... (Se Deus quiser!).
– Como? Deus vai querer?
(Quer saber? Não vou dizer pra amiga, mas sempre que não tem paciência pra me ouvir, põe Deus na linha).
Amanhã, se me der na veneta, continuo!
Se desencarnar antes disso, vou baixar em alguém pra psicografar e pronto final, como dizia meu menino, quando era criança...
– Qual a finalidade?
É pra doutrinar os sem compaixão... pelas pessoas de cintura grossa que habitam a crosta terrestre. É que elas continuam grávidas e parem, a cada dia, um novo dia, com dor, destemor e respeito a todos os seres viventes... pronto final
Soledad aguarda outras Julinhas da Adelaide: mulheres autoras de textos e protagonismos sociais. Divulgue para leitor@s e escritoras.
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