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Do corpo ao Corpus: poética de uma coletânea em prosa

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  Cassiano Silveira  Poética de uma coletânea em prosa Edna Domenica Merola Desde que reconheço a teoria do psicodrama como um instrumento de leitura de mundo, percebo que exerço diferentes papéis que possuem um nascedouro, se desenvolvem e se aprimoram. Valem para essa escrita o foco nos papéis de escritora e leitora. Como escritora, minha relação com a coletânea  Do corpo ao corpus  teve por nascedouro a idealização de um projeto de escrita que remontasse às cicatrizes daqueles que escrevem. A metáfora eleita era a da tatuagem: aquela marca que nos permitimos exibir. Vale também dizer, por extensão, que o estado criativo é somático, ou seja, é corpo e mente a um tempo. “Saber-me frágil e vulnerável como o papel que encontrei ao tentar limpar a mesa para esta escrita... Mas a emoção correspondente não vem como choro, nem queixume. Doe-me o lado esquerdo do alto superior das costas próximo à base do pescoço.”   (MEROLA, p. 83)  Como leitora, tenho elaborado algumas reflexões sobr