Até hoje... Rosilene Souza
Até hoje não sei o que realmente aconteceu. Só sei que aconteceu. Tudo começou quando fui visitar um apartamento para alugar. Sim, que apartamento! Estremeço só de pensar... Essa fatídica lembrança nunca saiu das minhas memórias olfativas. Me senti atraída pelo apartamento desde o momento que o vi. Era exatamente o que procurava: aconchegante, antigo, espaçoso, luminoso,... enfim, um sonho. Encantada decidi alugá-lo. Mas, antes daria mais uma olhadinha naquela maravilha, pois algo tinha despertado a minha atenção, não sabia bem o quê. E assim, o fiz. Dispensei o corretor, pois dessa vez não queria a presença de ninguém desviando a minha atenção. E muito menos a dele. Sujeito estranho, com aquele sorriso branco. Falava sem parar e contava histórias estranhas dos antigos proprietários do imóvel. Era como se ele, não quisesse alugá-lo e guardasse algo de misterioso ali. Assim, ao abrir a porta do imóvel, senti um leve perfume inebriante e nauseabundo. Pensei: a última pessoa que vis