O crush da Professora “Z” Maria. Edna Domenica Merola.
Tendo por chave o Teatro do Absurdo, relembro A Cantora Careca, de Ionesco, e pretendo compartilhar minhas reflexões sobre um segmento de falas dos personagens Capitão e Senhor Martin. Para representar a quase extinta ala utópica das reflexões, convoco a Professora “Z” Maria. Ela é da minha turma de amigas nascidas entre o final da década de 1940 e início de 1950, batizadas de Maria como segundo nome, professoras devotas de San Gennaro (um napolitano que morreu de emboscada!). Chamo ainda a Sra. Dá Ares, só para dar um tom de malfadada verossimilhança à representação. O segmento de falas alvo (uma do Capitão e outra do Sr. Martin), conforme escrito por Ionesco, consta a seguir: CAPITÃO: Falo de minha própria experiência . A verdade, nada mais que a verdade. Nenhuma ficção. SR. MARTIN: Isso mesmo. A verdade nunca é encontrada em livros, somente na vida. Invento o que prossegue: DÁ ARES: Há livros e livros. Na Bíblia, só há verdades. No entanto, nos livros escolares, princ